19 de ago. de 2009

A Candeia

16 "Ninguém acende uma candeia e a esconde num jarro ou a coloca debaixo de uma cama. Ao contrário, coloca-a num lugar apropriado, de modo que os que entram possam ver a luz.
17 Porque não há nada oculto que não venha a ser revelado, e nada escondido que não venha a ser conhecido e trazido a luz. 18 Portanto, considerem atentamente como vocês estão ouvindo. A quem tiver, mais lhe será dado; de quem não tiver, até o que pensa que tem lhe será tirado"


Lucas 8:16-18

No trecho acima, Jesus ensina através de parábolas, nesta supracitada, a parábola da Candeia, ele ensina acerca do conhecimento.
A parábola compara o conhecimento de Deus a uma candeia, ou seja, uma lâmpada, dizendo que ninguém, que estiver no escuro e que ao iluminar a casa põe a candeia em baixo da cama, ou em algum lugar escondido, mas a põe em um lugar apropriado, de modo que ela possa iluminar todo o lugar, e todos possam ser iluminados pela sua luz.
Por meio desta ilustração, Jesus ensina a seus discipulos que assim como a candeia é o conhecimento de Deus, que estava sendo ensinado a eles. Entendemos que Jesus estava declarando a seus discipulos que não seria sábio esconder o que estavam aprendendo e que, não seria conveniente que os escondesse de modo que não passassem para as outras pessoas, de modo que, aquele que tivesse o conhecimento e o pregasse, seria-lhe dado mais e mais, mas aquele que o tivesse mas não pregasse aos outros, ou julgasse saber demais e ainda assim não ensinasse, até o pouco que sabia lhe seria ocultado, lhe seria tirado.

Confesso que a primeira vez que debrucei sobre esses versos fiquei intrigada. Não era a primeira vez que lia sobre a parábola da Candeia e confesso inclusive que da primeira vez havia entendido perfeitamente, porque até então, ela não dizia nada de pessoal para mim.
No entando, quando recebi esta palavra através da minha discipuladora fiquei estarrecida. Não conseguia compreender palavras tão simples, mas tão profundas.
A mim, poderia querer dizer qualquer coisa, uma vez que a minha vida se encontrava fora de controle e não sabia mais o que sentir, ou pensar. Então eu pensei, e fiquei durante dois dias lendo e refletindo sobre o texto. Mas não compreendia... O que ele queria dizer?
Porque a parte do "lhe será tirado" falava diretamente ao meu coração?
Estava tentando entender com a minha sabedoria humana, estava tentando visualizar uma situação com meus olhos humanos, mas ainda não havia preparado o meu coração para ouvir o que o Senhor estava tentando me dizer.
Depois de algum tempo orando e pedindo que o mesmo me fosse esclarecido, e que, além dessa, muitas outras coisas me fossem esclarecidas sobre o que eu havia pensado, eu cheguei a seguinte conclusao:

Não podemos nos calar...

Não podemos nos alimentar e deixar que outras pessoas passem fome. Entendo que a palavra é o alimento, entendo que o conhecimento de Deus é o que sustenta a alma e o espirito. Entendo que muitas coisas estão sendo esclarecidas, e que através de, palavras simples como a de Jesus podemos encontrar fonte abundante de alimento para nosso espirito.
Não precisamos de anjos, visões, fogo, nada disso... basta abrirmos nossos olhos e nossos ouvidos para ouvir tudo aquilo que há tempos já tem sido dito!

Entendo também que é preciso saber, para então ensinar. E que aquele que, dividindo o seu conhecimento, mais lhe será acrescentado. De fato, não há coisa pior que viver na ignorância e não há como um cego guiar outro.


(Continua depois)





9 de ago. de 2009

Correr atrás do vento

O livro de Eclesiastes entre tantas outras coisas diz que todo nosso esforço nessa vida não vale a pena, é correr contra o vento. De fato, muitas das coisas da nossa vida não valem o esforço, mas nesse caso, penso nas que valem todo o esforço do mundo. Penso nos melhores momentos, penso nas melhores amizades, penso em tudo que valeu a pena termos vivido. E logo depois penso no instante em que perdemos tudo isso, porque essa hora, fatidicamente chega.
Entao penso nas gargalhadas dadas com a alma, nos dias ou noites inesqueciveis, como dói pensar que acabarão, ou acabaram, naquele exato momento de partida. E lembro que exatamente os melhores momentos de nossas vidas nos trazem as mais profundas tristezas quando lembrados. São tristezas que as vezes não entendemos, não sabemos que é tristeza, e na maior parte das vezes a chamamos de saudade. E essa, como é triste.
São as melhores lembranças, aquelas dos momentos mais gostosos que nos deixam com o gosto mais amargo na boca, porque sabemos que elas acabaram, se foram, levando consigo a juventude e memória daquele instante. E assim, quando estou vivendo um momento tão pleno, penso que encontrei a felicidade, vejo que meu esforço me levou a ter, ainda que por um dia, ou umas horas, o maior prazer que poderia me proporcionar, mas no instante que saio de minha ignorancia, me torno conhecedora, de que esse instante está para acabar, e me bate uma tristeza, porque tudo na vida, é correr contra o vento.



Continua...